Dicas para vender um carro usado

Dicas para vender um carro usado

A venda de carro usado exige cuidados para evitar problemas futuros

Veja algumas dicas para uma venda segura do carro usado .

Qualquer que seja o seu caso, veja agora alguns cuidados que você deve tomar ao vender seu automóvel usado, para poder realmente fazer um bom negócio na venda.

1. Como saber o “verdadeiro valor” do seu carro?

O verdadeiro valor do seu carro não tem nada a ver com a sua opinião sobre o quanto ele vale. O que importa é a opinião do “mercado comprador” sobre a caranga. Seu carro vale aquilo que o mercado está disposto a pagar por ele. E ponto! Mas como descobrir isso? Comece com os dois pés no chão. Compare seu carro com outros veículos similares pelos critérios: marca, modelo, ano, cor, motorização, opcionais, quilometragem e estado de conservação. Em tempo: “seminovo” é carro com um ou dois anos de uso, no máximo, viu?

2. Como determinar o “valor de mercado” do carro?

Procure preços de referência para fazer suas comparações. Faça uma consulta rápida à Tabela FIPE, que pode ser encontrada no site www.fipe.org.br. Essa tabela é usada pelas seguradoras para indenizar o segurado em caso de roubo ou colisão com perda total. Veja bem: a tabela só considera marca, modelo e ano. Assim, cabe a você avaliar os demais quesitos do automóvel. Para isso, é interessante consultar sites de revendas.

3. Como determinar seu “preço-meta”?

O “valor de mercado” do seu carro e seu “preço-meta” (quantia que você pretende embolsar pela venda), podem ser diferentes. Se você vai vender seu carro para um particular, o preço-meta deve ser o valor de mercado. Caso o seu usado esteja entrando como parte de pagamento pela troca num outro usado ou num 0km, fique preparado para dar um desconto de até 5%. E se você estiver vendendo seu carro em troca de dinheiro para um lojista ou concessionária, vai apurar apenas 90% do valor de mercado (desconto de 10%).

4. Como negociar preço com concessionária ou revenda de usados?

Na negociação com uma concessionária ou lojista, esqueça essa história de botar preço no seu carro. Eles podem até perguntar a você quanto você quer “pegar”, mas sempre irão pagar o que eles querem, mesmo. Então faça diferente: pergunte você o quanto lhe pagam, e compare o valor oferecido com seu preço-meta. Se estiver longe demais, esqueça. Não vale nem a pena conversar. Se a oferta estiver próxima, “chore”, negocie, tente conseguir alguma coisa a mais. “Bata perna” por aí e não feche negócio na primeira loja.

5. Como negociar preço com particular?

Cuidado para não “salgar” o preço e assustar os compradores, mas deixe alguma “gordurinha” para poder oferecer a um “interessado” realmente interessado, que queira pechinchar um pouco. Na negociação com um particular, peça um preço ligeiramente acima do seu preço-meta, se o seu veículo tiver cor “boa”, se tiver opcionais caprichados, se estiver em ótimo estado e/ou for pouco rodado. Não sendo o caso, peça logo o valor de mercado. Talvez você ainda tenha que oferecer um descontinho a quem lhe fizer uma oferta firme.

6. Onde e como anunciar para particular?

Se você for um motorista do tipo zeloso, comece divulgando a venda entre amigos: sua boa fama atrairá compradores. Colar cartaz no trabalho ou no prédio funciona, sim, mas no próprio carro pode atrair curiosos e “amigos do alheio”. O anúncio em sites especializados traz bons resultados, mas os classificados de jornal vêm perdendo eficácia. E sempre vale a pena circular em feiras de veículos. Mas não se esqueça: no anúncio, coloque preço logo de cara. Isso mostra que você quer realmente vender o carro, e sabe seu valor.

7. Como receber pela venda?

A negociação de carro usado no Brasil costuma ser feita à vista, em cash. O comprador pode lhe dar um cheque simples, mas você só deve entregar os documentos do veículo após a compensação. Mesmo assim, é arriscado. A menos que seja gente conhecida. Melhor é pegar um “cheque administrativo”, que o comprador solicita no seu banco e o vendedor deposita em sua conta como se fosse dinheiro. Mais prático e rápido ainda é a TED (Transferência Eletrônica Direta): comprador e vendedor vão ao banco e transferem a grana no ato!

Segurança na hora da Venda

Para realizar uma venda tranquila e com sucesso veja algumas recomendações:

  • Jamais forneça seus dados pessoais. Faça isto apenas na presença do comprador.
  • Para os interessados em conhecer o veículo, estabeleça visitas em horário comercial. Dê preferência aos locais públicos.
  • Ao combinar o encontro, peça ao possível comprador: nome completo, telefones de contato e nome da empresa em que trabalha.
  • Acorde plenamente a forma de pagamento com o comprador e apenas passe o veículo para o nome dele depois de ter recebido o valor completo, ou na forma acordada (vale fazer um contrato se o pagamento for parcelado).
  • Ao fechar a venda, preencha o CRV (Certificado de Registro do Veículo) com os dados do comprador e assine.
  • Providencie duas cópias autenticadas e reconhecidas em firma e, só então, entregue o documento original ao novo dono. Uma das cópias deverá ser encaminhada ao DETRAN, em até 30 dias contados a partir da data da negociação, para que seja feita a comunicação de venda.
  • Atenção ao prazo! Se a comunicação de venda não for encaminhada ao DETRAN em 30 dias, o vendedor está sujeito à multa de até 50 UFIR além de ser responsabilizado com o comprador por infrações cometidas e passíveis das penalidades impostas.
  • Cabe ao novo dono do veículo realizar a transferência de propriedade, no prazo de 30 dias. Porém, se ele não o fizer a partir da comunicação de venda, o ex-proprietário do veículo estará isento de qualquer responsabilidade quanto a multas e a pontos negativos.
  • Pagamento com cheque
    Para vender é necessário saber se o cheque tem fundos. O ideal é que o pagamento seja feito à vista ou depósito em conta corrente. Cheques administrativos diminuem o risco, que só existe se forem falsificados. É bom checar a validade do cheque administrativo, ligando para o banco com o cheque em mãos. Só entregue o veículo depois de acertada a documentação e o dinheiro já estiver na conta!
  • Guarde os documentos
    Todos os documentos que envolvem a transação, recibos e comprovantes devem ser guardados.